Há um predomínio das mulheres no ambiente da Comunicação, setor que cada vez mais se torna estratégico, ainda que com equipes bastante enxutas. A prática da mensuração de resultados no segmento é crescente, até para continuar conquistando aumentos de orçamento. Estas são algumas das constatações de estudo organizado pelo DatABERJE, Instituto de Pesquisa da ABERJE – que atualmente reúne as Associações Brasileiras de Comunicação Empresarial, Branding e Comunicação Organizacional – em parceria com o jornal Valor Econômico, intitulado “Comunicação Corporativa nas organizações”. Veja material integral no link http://www.aberje.com.br/novo/acao_pesquisa.asp.
A coleta de dados aconteceu entre os dias 19 e 28 de agosto de 2008, contando com a resposta de mais de 280 profissionais responsáveis pela área de Comunicação em empresas mencionadas na edição 2007 da lista “1000 Maiores de Valor”, e foi publicada no suplemento Valor Setorial de 8 de outubro, quando se comemora o Dia da Comunicação Empresarial. Vários setores estão representados na amostra, como açúcar e álcool, metalurgia e siderurgia, agricultura, mineração, água e saneamento, papel e celulose, alimentos, petróleo e gás, comércio exterior, varejo, construção e engenharia, tecnologia da informação, farmacêuticos e cosméticos, transporte e logística e veículos e peças. Fazendo uma avaliação, Paulo Nassar, diretor-geral da ABERJE e um dos coordenadores do trabalho, acredita que o comunicador “tornou-se um mediador, um gestor de equipes, um zelador do grande ritual moderno que são os relacionamentos”. Para ele, hoje a empresa é um nó de uma grande rede e deve construir sua imagem através do diálogo, o que transformou o comunicador em articulador e educador. “Nesse contexto, ele tem de abraçar a bandeira da cultura: precisa ser um intelectual, capaz de lidar com o processo que leva da identidade à alteridade – ao outro, ao diferente”, destaca. O antropólogo Rodolfo W. Guttilla, presidente do Conselho Deliberativo da entidade e diretor de assuntos corporativos e relações governamentais da Natura, assinala que a fronteira entre todas as áreas de uma grande empresa é muito movediça. “Não é a fronteira que faz a diferença na nossa atividade. O que realmente faz a diferença é o fato de sermos os administradores do simbólico. O comunicador passa a ser o guardião do mito de origem. É dele o papel de contar para sempre a história de sucesso. Além disso, contar outras histórias que podem transformar uma atividade econômica em alguma coisa um pouco mais transcendente”, complementa.
Para ver o formato digital da revista Valor Setorial em que dados da pesquisa foram publicados, basta acessar http://208.96.41.18/valoreconomico/home.aspx?pub=27&edicao=1.