Brandcast x Socialcast: quem vence o cabo de guerra pela visibilidade digital? Foi a pergunta que norteou a dúvida da pesquisadora do Com+, Carolina Terra.
O artigo trata do conceito de influência e parte para a tríade broadcast, socialcast e brandcast. Também trata da questão da visibilidade digital. Por fim, sugere um possível caminho para as marcas que almejam se tornar visíveis e influentes no âmbito digital.
O texto faz parte das pesquisas que corresponderam ao pós-doc de Carol que acabaram por culminar no livro “Marcas Influenciadoras Digitais”, pela Difusão Editora (2021).
Confira aqui o texto completo do artigo, na revista Comunicação & Sociedade, da Universidade Metodista de São Bernardo do Campo.
Com diversos autores, pesquisadores e gente de mercado que entende de Comunicação Organizacional, o grupo Estrato, da UFSM, lança mais um e-book que é um verdadeiro serviço a estudantes, profissionais e acadêmicos de Relações Públicas. O livro, Tendências em Comunicação Organizacional, traz temas contemporâneos sob o olhar de quem trabalha e/ou pesquisa as temáticas.
Participo, com muito orgulho, de um capítulo sobre INFLUÊNCIA DIGITAL: OPORTUNIDADE PARA A COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL.
Um dia depois do Oscar 2018 e o influenciador digital, Felipe Neto, colecionava uma transmissão no Youtube de quase 4 milhões de visualizações. E não foi qualquer live. Foi a-Live! Uma live de quase 6 horas, madrugada adentro, falando sobre os filmes, diretores, atores, atrizes e outras premiações do Oscar 2018.
Felipe e sua equipe, devidamente paramentados em um estúdio montado e patrocinado por duas marcas – Bib’s (Neugebauer) e um curso de inglês (que eu não consegui identificar!) – falou sobre os filmes, fez quizzes, brincou com a audiência, respondeu perguntas, interagiu e, por fim, ganhou ele próprio o oscar da internet! O oscar de maior transmissão de todos os tempos.
Segundo dados da Veja Rio, os números astronômicos de Felipe Neto ultrapassaram os canais do jornal Washington Post, da revista People, da TNT – que fechou parceria com o canal Pipocando – do portal Omelete e da própria live do Oscar, quando apresentou os indicados do ano, de acordo com dados do site da Revista Veja Rio (2018). O portal da Veja ainda chamou a transmissão de Felipe Neto de “maior live do Oscar do mundo”.
Mas, e as marcas que patrocinaram a tal live?
Sabem como chocolate Bib’s aproveitou? Fazendo três míseros posts que, juntos, não somaram mil curtidas: post 1, post 2, post 3.
Por que não pediram ao Felipe Neto que gravasse um vídeo exclusivo para o canal da marca? Por que não pediram que na descrição do canal do Felipe ele fizesse menção às marcas patrocinadoras? Por que não pensaram em ações mais longevas para a marca pós Oscar? Penso que o patrocínio deva ter custado bem caro para quem o fez. Minha dúvida é: será que reverteu em vendas para as marcas?
Faltou, claramente, um letramento midiático (isso é Jenkins, 2008, p. 48!) para as marcas que patrocinaram o canal. Elas não souberam aproveitar, em minha opinião, a grande visibilidade do influenciador digital. Quem ganhou todos os holofotes da maior transmissão do Youtube de todos os tempos? Foram as marcas? Não, foi o influenciador. Única e exclusivamente, ELE.
Vale a pena usar uma estratégia de uso de influenciadores? Claro que vale, desde que a marca saiba aproveitar a figura do creator tão bem quanto o dinheiro que ele vai embolsar.
Para quem quiser discutir mais sobre o assunto, vou dar dois cursos sobre como gerir relacionamentos com influenciadores:
-Abracom, 29/3, 14h às 18h.