Acredito que tenhamos evoluído muito nos últimos tempos em RP em função da necessidade de transparência e de comunicação por parte das organizações.
Particularmente, penso que a tecnologia tenha contribuído enormemente para esse destaque da nossa profissão.
Por isso hoje, no #diadasRP, quero falar de RP 2.0.
Relações Públicas 2.0
Em entrevista à revista Bites (2008), Todd Defren, fundador da Shift Communications, quando questionado se a comunicação corporativa tradicional estaria fadada à morte, afirmou que sempre haverá a necessidade de RP tradicional na relação com a mídia clássica. E dá como exemplos a constante necessidade de gerenciamento de crises, divulgação de assuntos relevantes e entrevistas coletivas.
No entanto, Defren (IN BITES, 2008) atribui às mídias sociais a remodelação das técnicas e filosofias e o crescimento das interações diretas entre consumidores e transparência corporativa.
Defren também define as RP 2.0 como um novo tipo que tem como premissas a interação com os consumidores e transparência corporativa. Defren bem ilustra a sua posição:
(…) no mundo on-line, a marca está exposta. Suas ações, interações e reações (para não dizer também as faltas de ações) estão sendo assistidas, criticadas – e catalogadas para sempre pelo Google.
Um novo modelo de comunicação deve pressupor:
• Que as comunicações são diretas
• Que todo consumidor tem o poder de amplificar conteúdos, opiniões e experiências
• Que pessoas compram confiança, histórias contadas pelos fabricantes
• Velocidade. A internet criou novas expectativas. A organização deve se organizar em torno de velocidade.
• O movimento da cauda longa.
• Conexão entre pessoas.
• Que as grandes idéias são os produtos, não os anúncios.
• Que para ser interessante à audiência, é preciso fazer parte da tribo, criar comunidade.
• Que a empresa é uma líder que deve levar às pessoas ao movimento.
O artigo Mídias Sociais (2008, p.2) ressalta que nunca uma área ganhou tanta importância com a mídia gerada pelo consumidor quanto as Relações Públicas.
O conteúdo gerado pelo consumidor nas resenhas que produz em sites de comércio eletrônico, nos blogs e microblogs passa a ser mídia essencial na reputação de marcas, produtos e serviços e motor de estímulo do boca-a-boca.
Outro serviço que foi potencializado ou teve de se modificar em função do advento das mídias sociais foi o serviço de atendimento ao cliente. O ReclameAqui, um serviço on-line de reclamação, registra cerca de 600 mil visitas por mês, tem mais de 8.800 empresas e 360 mil usuários cadastrados.
Portanto, RPs, vivam as RP 2.0 e o #diadasRP.