Reproduzo aqui o texto de Daniel Bruin, de 26/07/2007. Infelizmente, desconheço a fonte, mas como o pensamento dele reforça a minha ideologia, faço questão de colocá-lo aqui:
Bons exemplos, maus exemplos
26/07/2007 – 09:59:49
A falta de rumo na comunicação empresarial brasileira não vai durar para sempre, mas poderia ser abreviada caso adotássemos bons exemplos do exterior É o caso da International Association of Business Communicators (IABC),
entidade sediada nos EUA que agrega todas as tendências profissionais e acadêmicas, além das melhores práticas globais do mercado.
Um bom exemplo do fosso que separa o mercado brasileiro de outros mais desenvolvidos é o temário da última conferência internacional da IABC, realizada em junho em New Orleans. Lá, profissionais de todo o mundo
discutiram assuntos que ainda nem se tornaram objeto de estudo no mercado brasileiro. Exemplos: – O fim da “comunicação corporativa” e o nascimento “comunicação criativa” – A explosão dos blogs e seu impacto na reputação corporativa – Como usar processos educacionais para gerar adesão de stakeholders – O papel da ética na tomada de decisões corporativas e na comunicação organizacional – Gerenciamento de reputação por meio do branding.
Enquanto isso, por aqui ainda estamos discutindo se um profissional que não fez faculdade de relações públicas pode redigir um release ou organizar uma entrevista coletiva ou se o clipping por centimetragem vale como mensuração de resultado.
Pode não parecer tão grave agora, mas o tempo que estamos perdendo em discussões estéreis nos custará muito no futuro. A entranhada preguiça de nossa categoria em se mobilizar e assumir as rédeas de sua profissionalização fará com que o mercado brasileiro, cada vez mais, seja uma réplica pobre e pálida dos países mais desenvolvidos.
O modelo do IABC, baseado na união de empresas, universidades, agências de comunicação e outras entidades, mostra que é possível estabelecer uma frente que aglutine todos os interesses setoriais. No site da entidade iabc.com é possível conhecer estudos e programas de desenvolvimento, além de se atualizar com as mais modernas tendências do mercado. Vale a pena também investir na filiação (US$ 143 por ano) para ter acesso a todo o conteúdo, brochuras e pesquisas, além de receber a ótima revista “Communication World” editada bimestralmente, e ter descontos em cursos e eventos.
Nunca é tarde para (re) começar.
Daniel Bruin é jornalista com 18 anos de experiência nas redações de veículos como IstoÉ, DCI, Visão, Jovem Pan, Guia 4Rodas e Gazeta Mercantil. Possui pós-graduação em Jornalismo na Universidad de Navarra (Espanha) e foi professor de jornalismo na Faculdade de Comunicação Social Casper Líbero por 11 anos. Há cinco atua na área de comunicação corporativa. Foi diretor de comunicação do Grupo Talent e diretor-executivo da RP1 Comunicação. Atualmente é gerente de comunicação externa da Nestlé.