O que vale ser discutido, a meu ver, são os usos corporativos ou criativos que o jogo permite.
O McDonald’s Japão (segundo matéria da M&M), por exemplo, confirmou que todos os seus 30 mil restaurantes no país teriam sua localização patrocinada no jogo. O que isso nos indica? Que o público alvo das lanchonetes está consumindo o jogo e para potencializar a visitação em seus pontos de venda, a rede acredita na estratégia de tê-los por perto. Uma vez ali dentro, a chance de consumir algo, na minha opinião, é enorme.
Outros usos muito interessantes que pude observar foram:
- A Prefeitura de Esteio/RS convidou as pessoas a “caçarem” cães abandonados ao invés dos bichinhos virtuais. O que isso nos indica? Que a Prefeitura, inteligentemente, se valeu de um conteúdo que está viral na rede e no boca a boca das pessoas para chamar a atenção para uma causa. Tem a ver com real time marketing.
- Um hospital infantil de Michigan/EUA (C.S. Mott Children) está incentivando seus pacientes, que são crianças, a saírem de seus quartos para caçarem Pokémons. O que isso nos indica? É um meio de fazer com que as crianças se movimentem, se distraiam e usem o jogo para esquecer, ainda que momentaneamente, a sua condição. O que isso nos indica? Que o jogo pode servir de estímulo para a realização de atividades. Imaginem a aplicação que o jogo pode ter em atividades lúdicas e de movimentação em escolas?
- O Metrô de São Paulo aproveitou para transmitir um recado: cuidado com a sua própria segurança ao jogar! De novo, real time marketing.
- Um padre convidou fiéis e “prospects” a caçarem Pokémons em sua paróquia. Com isso, acredita estar atraindo mais gente! O padre está mais antenado que muita marca por aí.
Algumas possibilidades:
- se você tem um ponto de venda, convide pessoas para jogar em seu estabelecimento, ofereça descontos ou vantagens para quem está ali, potencialize a visita de quem não estaria ali, não fosse pelo jogo.
- Mostre que tem gente capturando Pokémons em seu ponto de venda, registre as imagens, espalhe-as nas plataformas de mídias sociais.
- Valha-se do boca a boca que pode ser gerado em função dessa ação, estimule as pessoas a compartilharem localização, registrar a movimentação em mídias sociais.
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